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«Não perdemos aqueles que amamos de um momento para o outro, a não ser quando a morte os leva. Na verdade, perdemos aqueles que amamos a cada decepção que eles nos dão, a cada ausência de um gesto de atenção, de mimo, de amizade ou de respeito. Vamos perdendo aqueles que amamos quando percebemos que não nos amam da mesma maneira, quando eles se instalam na nossa vida mas não se decidem a assumi-la, quando nos sentimos usados, alugados, e, consequentemente, desconsiderados. O processo de deixar de amar alguém que faz parte da nossa vida é complexo, penoso e tudo menos linear. O tempo passa, as coisas não mudam e nós ainda amamos aquela pessoa, mas amamos cada vez menos coisas nela, porque o que não gostamos ou não aceitamos vai crescendo como uma bola de neve.»
«Um dia perguntaram-me: "O que viste nele?"
Milhões de defeitos e qualidades me passaram pela cabeça mas a única coisa que saiu da minha boca foi:

 "Tudo o que eu não vi em mais ninguém." 
E eu juro, foi a melhor resposta do mundo.»
«Vivo com essa sensação de abandono, de falta, de pouco, de metade. Mas nada disso é novidade. Antes dele, teve o outro, o outro que continua indo embora para sempre porque nunca foi embora pra sempre. Eu não sei deixar ninguém partir, eu não sei escolher, excluir, deletar. São as pessoas que resolvem me deixar, melhor assim, adoro não ser responsável por absolutamente nada, odeio o peso que uma despedida eterna causa em mim. »

"Há sempre aquela pessoa, uma só, que tem tipo um passe-livre, uma carta branca na tua vida. Que vai, volta, vai de novo e nunca vai deixar de ser o que é para ti. Alguém pelo qual tu nunca vais conseguir deixar de ter sentimentos. Todos nós temos essa pessoa."
«Quando nos voltarmos a ver
tenho a certeza que ambos vamos sentir na pele que o tempo não sabe nada, o tempo não tem razão, porque ele não cura todos os males nem apaga todas as dores; apenas serve para domar sentimentos mais fracos e fazer crescer os mais fortes. Por isso, e porque sei que não queremos guardar mágoa um do outro, tento esquecer-te devagar, sem te odiar, porque o ódio também é uma forma desesperada de amar ainda e sempre aqueles que já não podemos ter ao nosso lado
"À medida que os meses passavam, sentia o meu coração a fortalecer-se. Cheguei a pensar que já não te amava. Sabia que não te tinha esquecido, que provavelmente isso nunca aconteceria, mas o teu lugar na minha vida era agora outro. A pouco e pouco, de uma forma natural e tranquila, foste-te arrumando dentro de mim. 
Até ao dia em que o destino me fez tropeçar em ti outra vez."
O que te vou contar hoje é totalmente inédito face às coisas que te têm dito.
Sei bem o que estás a sentir. Estás de pijama, em frente ao computador, a afogares-te em chocolate e à espera que ele te diga alguma coisa.
Esquece, ele não vai dizer nada. Mas isso não significa que vás deixar de te sentir assim.

Se olhares para trás vais-te aperceber que o tempo foi passando e tu continuas aí, sentada em frente ao teu computador à espera de um sinal. É hora de te levantares, ergueres a cabeça, vestires qualquer coisa e enfrentares o mundo lá fora.

Costumam dizer-te que não vai ser fácil? Mais uma vez te enganaram. Os primeiros tempos são muito fáceis, parece que já nem precisas dele na tua vida. Preenches o dia com a tua família e à noite vais-te divertir com as tuas amigas. Ele já não tem qualquer impacto na tua vida.
O problema é que chega o dia em que a família e os amigos não podem estar contigo 24 horas por dia. Aí sim, vais começar a sentir o vazio que existe dentro de ti.

Estás à espera que eu chegue à parte em que encontras alguém e tudo se reverte? Sim, um dia alguém irá tropeçar no teu caminho e vai parecer que estás a ter uma segunda oportunidade do destino. Mas não te iludas! Estarás sempre a compará-lo com o anterior e com a passagem do tempo, ele irá revelar-se insuficiente no preenchimento do espaço que o outro homem deixou.
Sentirás sempre um arrepio na espinha e um gradual friozinho na barriga quando falas nele. Queres saber porquê? Há pessoas que pertencem uma à outra mas nunca poderão ter um final feliz juntas. 

Se viveste em detalhe tudo o que descrevi... Parabéns, encontraste o homem da tua vida!
Mas, tal como eu, deixaste-o escapar por entre os dedos. 
"Antes de nos termos encontrado, atravessava a vida sem sentido, sem razão.
Sei que de alguma maneira, todos os passos que dei desde o momento em que comecei a andar eram passos dirigidos ao teu encontro. Estávamos destinados a encontrarmo-nos. Mas agora, sozinha na minha casa, comecei a perceber que o destino pode magoar uma pessoa tanto quanto a pode abençoar e dou por mim a perguntar-me porque razão - de todas as pessoas do mundo inteiro que alguma vez poderia ter amado - tinha de me apaixonar por alguém que foi levado para longe."
«Já escrevi uma mensagem enorme e na hora de enviar apaguei-a toda. Já liguei para o teu número, e quando começou a chamar eu desliguei. Já passei a noite a chorar por tua causa mas também já fiquei tão feliz por tua causa que nem conseguia dormir. Já te odiei tanto, mas tanto, que nem por isso consegui deixar de te amar. Já disse “cuida-te”querendo dizer “amo-te”, e já te mandei desaparecer com o intuito de que ficasses. Já ouvi alguém gritar o teu nome na rua, e ainda olhei para todos os lados para ver se te encontrava. Já vi filmes, ouvi músicas, assisti series só para poder pensar em ti, mas também já odiei tudo isso por me fazer lembrar. Já falei de ti, gozei contigo, pensei em ti, quis matar-te (…)
Já fiz isto e aquilo. E sabes uma coisa? Eu faria tudo isso outra vez.»

Gostava de te ter conhecido sete ou oito anos antes. 
Queria ter sido a primeira a chegar ao teu coração. Queria que estivesses ao meu lado quando venci as primeiras batalhas e quando chorei pelas primeiras derrotas. 
Tenho pena de só nos termos cruzado quando já tinhas o teu futuro traçado, o coração entregue a outra pessoa, com uma imagem torcida da realidade.
Espero encontrar-te numa outra vida, num outro tempo, num outro lugar, numa outra situação. 
Espero encontrar-te num dia em que não tenhamos de esconder o que sentimos, temer o que queremos ou fingir que nem sequer nos conhecemos.